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BUDAPESTE
A Hungria encontra-se no coração da Europa e tem aproximadamente 93.000 km² de extensão e conta 10 milhões de habitantes. A cidade capital tem 1,7 milhões de habitantes sobre um território de 525 quilômetros quadrados.
 Fundada em 1873, Budapeste é a capital da a.  Localiza-se nas margens do rio Danúbio e possui 1 712 710 habitantes com uma área 525,2 km².
A cidade é cortada pelo Rio Danúbio, um dos maiores e mais famosos da Europa.  Além de importante eixo comercial,  faz parte da história dacidade. e de vários  países da Europa . O  rio que corta a cidade, o Danúbio Azul, e foi celebrado na valsa de Strauss, não é azul, pasmem, a cor é mais para o verde.

Ficheiro:Dunapartlatkep3.jpg

No lado direito do rio Danúbio vê-se Peste. No lado esquerdo está Buda. Oficialmente unidas desde 1873, as duas formam a cidade que ficou conhecida como Rainha do Danúbio. Hoje nem parece uma cidade que teve uma história conturbada, de invasões e lutas, ela agora está mais bela do que nunca. Arte, cultura, arquitetura, culinária e ricas tradições fazem da capital da Hungria um convite irrecusável para uma visita, e como vale a pena.

Arquitetura ao longo do Danúbio mostra a riqueza cultural de Budapeste, na Hungria

Budapeste tem 10 pontes  sendo a mais conhecida a Széchenyi Lánchíd (Ponte das Correntes). Os edifícios mais característicos e importantes são o Castelo de Buda (Budai Vár), o Parlamento de Budapeste (Országház), a Praça dos Heróis e o Teatro Nacional de Budapeste, divulgados nos mais conhecidos cartões-postais da cidade, que tem, como  turismo, uma fonte de rendimento de crescente importância. No centro a praça mais visitada é a praça Vörösmarty.

Vista da Praça dos Heróis, um dos ícones da cidade.Vista da  Praça dos Heróis, um dos ícones da cidade. A colunata de 36 metros de altura existente na Hösök Tere (Praça dos Heróis) também é outro dos marcos turísticos de Budapeste. Nela estão representadas as figuras dos reis húngaros e outros vultos famosos das guerras de independência, além de estátuas representando a guerra, paz, conhecimento e glória. No topo da colunata está situado o anjo Gabriel. É uma praça agradável, e muito freqüentada pelos moradores da cidade, principalmente aos domingos e feriados.

Frente a ela situam-se os elegantes prédios da Galeria de Artes e Museu de Belas Artes. O Museu de Belas Artes possui a a segunda maior coleção de pintores espanhóis na  Europa (depois do museu Prado em Madri). O museu tem quadros de El Greco, Murillo, Velásquez, Goy alé de uma bela seleção de impressionistas franceses e pintores flamencos, arte de Italia dos séculos XVII e XVIII.

Os edifícios de fachadas rendilhadas, ricamente ornamentados com detalhes em mosaicos, arabescos, elementos orientais e grandes figuras humanas pretendendo sustentar as fachadas são a primeira das belas e agradáveis surpresas de Budapeste.

A arquitetura revela a história da cidade, deixa evidente a influência da ocupação turco-otomana e mostra toques folclóricos, como buquês de flores e pássaros, num típico exercício do nacionalismo húngaro. Outros edifícios relembram, na grandiosidade dos espaços, a nobreza da cidade que um dia dividiu com Viena a sede do Império Austro-Húngaro. Com um jeitão urbano que lembra Paris, Budapeste ganhou o aspecto atual nos anos 1890, quando muitos dos magníficos edifícios foram construídos, na comemoração do seu 1000º aniversário.

Mas tudo isso é pouco, porque a beleza da cidade se espalha por toda parte, ao longo do Danúbio e de suas belas pontes que unem as duas partes do local: na margem direita, Buda, a colina onde fica o Distrito do Castelo, cheia de história; na esquerda, Pest, a parte plana e mais animada da capital húngara, com muitas lojas, restaurantes, hotéis, teatros e parques.

Praticamente renascida depois da 2ª Guerra Mundial, e tendo ganhado a renovação de seus tempos de glória após o fim do comunismo, a cidade tem oferta cultural permanente, seja em museus ou concertos, ou mesmo na saborosa e calórica culinária, com destaque para os doces e bolos preparados com esmero desde os tempos em que Sissi, a imperatriz, frequentava a cidade.

Três cidades nos dois lados do Danúbio

Já um pequeno passeio à Budapeste mostra-nos milagres da capital dos Magiares. Basta ir à beira do Rio Danúbio, Buda, Óbuda ou Peste, nas três partes que se uniram durante a “Belle Époque” da Monarquia Austro-Húngara, formando agora uma única cidade no nome. As três antigas cidades são ligadas por nove pontes, e a história vê-se em cada canto, nota-se em cada momento da vida da capital húngara.

Buda é a  parte da cidade com mais colinas, selvas, zonas verdes e parques. Buda é muito mais residencial , onde é agradável se viver em harmonia com a natureza. Em Peste começa a grande Planície Húngara, é totalmente plano, tem edifícios espetaculares, construídos no século XVIII e XIX. Com estilos da monarquia (barroco, neo-renascentista, e de “secession” quer dizer modernismo), e ao longo das grandes ruas (rings, bulevares ou circulares) e das avenidas observa-se muitas  lojas e centros comerciais. Nas noites de verão as esplanadas e avenidas ficam lotadas com pessoas curtindo a vida noturna. Buda, Óbuda e Peste completam-se totalmente.

O Danúbio é o rio mais importante da Europa, e é o segundo maior depois do Rio Volga (na fronteira de Ásia e Europa). Durante muito tempo não se construíam pontes sobre o Danúbio. No século XIX foi construída a primeira ponte, a Lánchíd, (Ponte das Correntes) para fazer o contato entre Peste, Buda e Óbuda. Atualmente a capital possui nove pontes, duas delas são dedicadas exclusivamente a estrada de ferro, e as demais sete para o tráfego de veículos e pedestres.

Peste é mais comercial, mais política, tem mais vida noturna, e Buda é mais residencial. Muitas pessoas atravessam as pontes varias vezes durante o dia, assim o trânsito entre Buda e Peste nunca pára.

Origem de Budapeste

O nome de Buda não tem nenhum contato com o deus Buda, ou Budismo, e o nome Peste não têm ligação nenhuma com a epidemia, a peste. Ambos os nomes têm origem numa remota língua eslava. Assim, o nome Buda foi um mau-entendimento da palavra eslava “vadá”, que significa água e Peste significa forno ardente para fabricar ladrilhos. Tudo isso tem a ver com as fontes termais da cidade. Budapeste e quase toda Hungria dispõe de uma grande riqueza de fontes termais. Isto significa que toda a terra é de origem vulcânica, e abaixo do solo ocorrem movimentos de vulcanos e águas quentes, onde criaram-se sistemas de grutas, lagos subterrâneo e grandes números de fontes de águas quentes (de 40 á 76 graus Celsius, quase ferventes). E na base destas fontes, foram construídas as termas, durante o império romano. As termas têm a água muito quente, entre trinta e quarenta graus. Essas águas são muito recomendáveis contra doenças como reumatismo, doenças do estômago, e ajudam a circulação do corpo, como também  é utilizada para o rejuvenecimento.

A historia da cidade

Para conhecer  a cidade, é importante saber  um pouco da história de Hungria. A metade ocidental do território atual já foi habitada pelos romanos da antiguidade, é por isso que até hoje encontramos vestígios romanos neste território. Depois da queda do Império Romano, que eram povos bárbaros, por ex. os visigodos, avaros e os hunos que habitavam esta zona.

O povo Magiar (que quer dizer húngaro, em húngaro) tem as suas origens na Ásia. Originalmente, viviam nas planícies asiáticas entre condições nômades e depois de larga migração em vários países chegávamos às estepes da Hungria atual e no ano 896 conquistáramos a Bacia dos Cárpatos. Ficaram instalados nesse lugar, aceitaram o cristianismo e o Santo Estevão, que originalmente era um chefe pagão, recebendo a coroa do Papa, e coroado no ano 1000 como primeiro rei de Hungria. Ele tinha grande mérito a ter cristianizado o povo pagão, e assim é que o povo húngaro conseguiu sobreviver tantos séculos, em contrário dos povos nômades como os hunos de Attila que desapareceram totalmente.

Mas , nem todos os húngaros ficaram contentes com a cristianização e levantaram-se muitas vezes, e mataram os chefes católicos. A Colina de São Gerardo em Buda tem se o nome, pois é nesta colina, onde o primeiro bispo dos Magiares, São Gerardo foi colocado em uma pipa e atirado para o rio Danúbio pelos pagãos.

A Praça

No meio da praça está fixada uma coluna, e ao redor desta se vê os chefes das sete tribos húngaras: Árpád, Előd, Ond, Kond, Tass, Huba e Töhötöm. No alto sobre a coluna já podemos observar o símbolo da Hungria, a católica: o arcanjo Gabriel. Numa galeria semi-redonda encontramos num lado: os reis e chefes mais importantes da história húngara: Santo Estevão, o fundador, São Ladislaus, Kaloman, o sábio, Béla IV, o segundo fundador do país, os dois reis da dinastia Anjou: Carlos Roberto e Luis Grande. No outro lado vê-se o conde János Hunyadi, o vencedor dos turcos, o seu filho, Matias Corvinus, o justo rei renessantista e humanista, os três príncipes de Transilvânia, lutadores contra os turcos e os dois chefes de revoluções: Ferenc Rákóczi II. e Lajos Kossuth.

Túmulo do soldado desconhecido

A Praça dos Heróis fica ligada com o centro de Peste com uma avenida espetacular e muito imponente com a sua extensão de 2,5 quilômetros: a Avenida Andrássy, onde antigamente (no principio do século XIX) a aristocracia húngara tinha uma grande zona verde, foram montando a cavalo e as damas em carruagem, para ir reunir-se no território do parque municipal, para elaborar as condições da independência húngara de Áustria. Deste movimento desenvolveu-se a Grande Revolução Húngara de Independência de 1948-49. A Avenida foi construída depois, passo a passo, onde tinham os seus castelos e casas para passar o inverno. Quando o tráfego da nova moda (os automóveis) os enervou, então iniciaram obras subterrâneas, quer dizer a primeira linha de metropolitano sobre o continente europeu, que foi construído para festejar o aniversário de mil anos de existéncia da Hungria, em 1896. Os primeiros passageiros foram o Imperador Francisco Josef e a sua esposa, a belíssima Sissi. Eles ficaram contentíssimos com a construção do trem subterrâneo.

No lado de Peste

A maior parte dos prédios em Peste foi construída no fim do século XIX. Conhecemos esta época com o nome do Império Áustro-Húngaro, ou a “belle epoque”.

Nesta época, famosa e rica, construíram muitos edifícios famosos, por ex. a Catedral do Santo Estevão, a Grande Sinagoga na Rua Dohány, que representa a maior sinagoga da Europa e segunda maior do mundo inteiro. A Ópera, de que Francisco Josef, o imperador austríaco (Habsburg) que tinha medo de seguir para lá e encontrar os húngaros rebeldes, por isso a construção tinha que ser menor do que a Ópera de Viena. Só foi com essas condições que Francisco Josef deu o seu apoio para a construção. Em Peste temos também a influência francesa – a da companhia Eiffel – que ficou famoso depois de ter batido a Torre Eiffel em Paris e em Budapeste construiu a estação Nyugati Pályaudvar de caminhos de ferro em Peste, e a ponte Margarida.

A Basílica Santo Estêvão

A igreja mais importante de Budapeste e a maior também, que tem a capacidade para 8.000 pessoas, junto com o prédio do Parlamento Húngaro forma o par de edifícios mais altos da capital (96 m). O número 96 simboliza a chegada dos húngaros na bacia dos Carpatos no ano 896. A igreja foi batizada com o nome do primeiro rei húngaro, que fundou o primeiro estado húngaro, obrigou-o cristianizar e depois da sua morte o rei tornou-se santo. A igreja foi construída no século XIX sob estilo neoclássico. Chama-se basílica, mais não é uma basílica clássica, é uma igreja de forma de cruz grega. Os restos mortais, a sagrada mão direita do Rei Santo Estevão conserva-se na capela detrás do santuário. Há 2 anos os restos mortais do melhor futebolista de todos os tempos (a ballábas csatár), Öcsi Puskás está também enterrado nesta igreja. Frivolmente se diz, que não somente a sagrada direita, mas também o sagrado (pé) esquerdo está aqui nesta igreja.

Nos últimos anos há também outra novidade na igreja. Depois de vir a Buda, a segunda sede do primado da igreja católica, a Basílica Santo Estévao já tem outra função, de ser a Catedral de Budapeste.

A Grande Sinagoga

Também conhecida como a sinagoga da rua Dohány, esta é a maior sinagoga da Europa. Pode assentar 3000 fiéis. Foi construída em meados do século XIX em estilo romântico, combinando elementos neomauriscos e neobizantinos, pelos arquitetos Lajos Förster e Frigyes Feszl. O prédio deu muita polêmica, foi determinado pelos neologos, ramo de judeus mais modernizadores. A Sinagoga possui duas torres decoradas com ar mouresco, nove naves abobadadas, decoradas com tijolos art deco, tem órgão de boa acústica e outros elementos da modernidade, que o tornam num edifício único no seu estilo. No interior entende o Museu Judaico, com a história do povo judeu. A casa do nascimento de Theodor Herzl estava no lugar onde está o Museu agora. Atrás do edifício ergue-se o Arvore dos Mártires Judeus de Budapeste.

A Hungria considera-se um dos países com uma das maiores comunidades judaicas da Europa. Em Budapeste contam-se 20 sinagogas. Aos finais de agosto organiza-se o Festival Judaico de verão, com grande número de programas: óperas, concertos, filmes, exibições etc.

O Parlamento

O prédio do Parlamento Húngaro é o prédio maior e mais bonito da Hungria. Está à ribeira do Danúbio. Foi construído utilizando uma fusão de estilos arquitetônicos, (predomina o neo-gótico) inspirado no Parlamento de Londres. O edifício considera-se um dos maiores parlamentos no mundo, sobre a superfície de 18 000 metros quadrados Tem 700 salas e gabinetes, 27 entradas, nos seus 2 lados simétricos erguem-se a Câmara Alta e a Câmara Baixa, hoje é o lugar da assembléia nacional com 386 deputados. Tem uma sala central com cúpula, onde guardam a coroa do primeiro rei húngaro, do Santo Estêvão.  O edifício está muito bem decorado, com muitos detalhes e pinturas em ouro, as paredes cobertas de mármore e estátuas de piro granito, que quer dizer cerâmica muito dura. A altura da cúpula é de 96 metros, em homenagem ao aniversario da fundação da Hungria no ano 896.

De Peste para Buda – atravessando o  Danúbio

O Rio Danúbio é o mais importante da Europa. Nasce na Selva Negra e desemboca no Mar Negro. Existem enormes barcos-hoteis, cruzeiros, que atravessam uma boa parte de Europa e mostram as cidades mais importantes aos seus visitantes, como Viena, Bratislava ou Budapeste. Os passageiros podem percorrer as cidades e fazer programas de concerto, city-tours e passeios.

As pontes de Budapeste

Para ir de Buda ou de Óbuda para Peste temos que atravessar uma das nove pontes. A primeira ponte, a Ponte das Correntes (em Húngaro Lánchíd) que foi construída em 1849, é a mais bonita.

Junto á estátua da Liberdade que é o símbolo de Budapeste. A ponte de Margarida (Margit-híd) foi construída como segunda permanente sobre o Danúbio. Esta ponte faz o conexo entre as três cidades e a ilha do mesmo nome. A ilha é praticamente um enorme parque, não vivem pessoas lá, há apenas piscinas, banhos termais, quadros de tênis e campos de desportes. Recebeu o nome da filha santa do rei Bela IV, que viveu nesta ilha.

A ponte da Elisabeth é a ponte mais elegante, mais fina, parecida à mulher de quem recebeu o nome, a belíssima Sissi. No outro lado da ponte vê-se a ponte Liberdade, cujo nome original era ponte de Francisco José, denominado do imperador austríaco, esposo da Sissi. São as 4 pontes mais antigas de Budapeste, já existiam antes da segunda guerra mundial. Foram todas explodidas e toda a cidade foi destruída também. No pós-guerra retornaram-se as obras para reconstruir tudo.

A Ilha Margarida (ou Margitsziget em húngaro)

Esta ilha tem uma historia muito triste, mas os húngaros gostam muito da historia e da ilha também

Reza a lenda que certa  vez, no passado distante e romântico, um rei, o rei Béla IV,  cujo País foi invadido pelos tártaros, (mongóis) e ele, mesmo com grandes lutas, não podia vencê-los. Não teve outra possibilidade,  a não ser  prometer:  Se puderem vencer aos tártaros,  sua a filha  vai sacrificar-se como serviente de Deus.  E foi assim que a pequena foi viver com as monjas dominicanas.  Ela foi canonizada pela Igreja Católica Romana em 1943 em Budapeste, e a ilha onde Margarida  foi testemunha da vida santa, em sua homenagem, recebeu o nome dela. Hoje em dia é chamada Margitsziget – Ilha de Margarida.

Com uma extensão de 2,5 km e uma largura de 500 metros, pode ser atravessado numa volta em cerca de 2 horas em um ritmo calmo. Mas vale a pena gastar 4-5 horas aqui. Durante a ocupação turca toda a ilha funcionava como um harém.

Há mais de dez mil árvores na ilha, plátanos a maioria delas, cuidadosamente plantadas por vários jardineiros Habsburg para neutralizar os estragos das inundações. Existem várias amenidades na ilha: a Piscina Nacional, os Banhos termais Palatinus, dois hotéis, um Lido, quadras de tênis, um teatro ao ar livre, um jardim de pássaros exóticos, um jardim de rosas, um jardim estilo japonês e um jardim de esculturas. A foto abaixo é em um restaurante típico de danças e gastronomia Húngara.

 Vale Visitar

Colina do Castelo – Várhegy em húngaro

Castelo Real (com a Galeria Nacional, Biblioteca Nacional, Museu Histórico, Palácio Sándor, Teatro de Dança Húngara), é Cidade Medieval (Igreja Matias, Bastião dos Pescadores, ruínas do Mosteiro Dominicano – agora Hotel Hilton, instalado nos anos 70 ao desejo de Zsazsa Gabor, atriz húngara, naquela altura senhora do dono da cadeia Hilton. Museu da Historia Militar, Igreja Maria Magdalena, Labirinto)

De Peste, pode-se chegar atravessando à ponte das Correntes (ou Lánchíd) que foi construída em 1849, como a primeira ponte entre as duas margens do rio. A ponte é decorada por dois leões de cada lado. Desde a ponte podemos subir com o Teleférico (Bonde) da Colina do Castelo (em húngaro Budavári Sikló) e ver acima uma das vistas panorâmicas mais espetacular.

Chega-se perto do pássaro simbólico dos Magiares, aos pés do Turul. A lenda fala que foi este pássaro de fantasia que mostrou o caminho aos húngaros, para ir às planícies com águas e pastos abundantes no século nove. É assim, que os húngaros, chegando da Ásia, encontraram a nova pátria para se estabelecer para sempre.

Na Colina do Casteloavista-se  duas partes:

  • O Castelo de Buda (em húngaro Budai Vár) é o castelo histórico dos reis húngaros, construído na encosta sul da Colina do Castelo no século XIII pelo Rei Bela IV. Com o tempo, os soberanos húngaros anexaram novas alas ao forte, incluindo um Palácio Real. Depois da ocupação turca, no século XVIII foi reconstruído em estilo barroco, chamado de Castelo Real (em húngaro Királyi Vár) e Palácio Real (em húngaro Királyi Palota).
  • O Bairro do Castelo (em húngaro Várnegyed) é a Cidade Medieval de Buda, famosa pelas suas casas e edifícios medievais, barrocos e oitocentistas, no meio dela a Praça da Santíssima Trindade, a Igreja Matias e o Bastião dos Pescadores.

A Colina do Castelo, com o Castelo de Buda e a cidade medieval, junto com as Margens do Danúbio, e a Avenida Andrássy foram classificados pela UNESCO, em 1987, como Patrimônio da Humanidade.

O Castelo Real

No alto do morro, seguindo ao sul da praça central, fica o Castelo Real erguido na Idade Média, com uma última grande reforma em 1790, em estilo barroco. Depois de ser destruído totalmente na segunda guerra mundial, e renovado por fora no estilo original e dentro moderno, atualmente abriga vários museus e atrações.

Galeria Nacional (Magyar Nemzeti Galeria) ocupa a maior parte da estrutura interna do palácio. Tem uma coleção de arte que começa no século X e segue até os dias de hoje, somando mais de cem mil objetos de arte. Apresenta a maior e melhor coleção de pinturas e esculturas da Hungria

Biblioteca Nacional Széchenyi, no interior do Castelo, fundada em Budapeste em 1802, tem cerca de dois milhões e meio de volumes e mais de quatro milhões de outros documentos.

Estatuas nos pátios do Castelo

A Fonte de Matias (Mátyás Kut) encontra-se detrás da Galeria Nacional, representando a jovem camponesa, Ilonka a Bela, a apaixonar-se pelo Rei Matias durante uma caçada.

Museu Histórico de Budapeste

O Museu de História de Budapeste (Budapesti Történeti Múzeum) está localizado na Ala Sul do Castelo de Buda, estendendo-se por quatro andares. O museu apresenta a história de Budapeste desde as suas origens até ao final da era comunista. Também é nesta área que está a parte restaurada do Castelo Real Medieval, incluindo a Capela Real e a abobadada Galeria Gótica. A exposição mais interessante é a das esculturas góticas do Palácio Real. As estátuas foram feitas ao pedido do rei Segismundo de Luxemburgo, mais depois enterradas, e esquecidas. Nos anos 70 foram encontradas e agora figuram como partes de uma excelente exposição. Nos pátios exteriores podem ser vistos os jardins construídos nos medievais “zwingers” (vedações muradas). Dos jardins podemos ver uma maravilhosa vista da área circundante, a cidade medieval de Buda. Como partes do Castelo Real existem ali varias escavações e ruínas da época medieval. Muitas destas podem ser acedidas.

A Igreja Mathias

A Praça da Santíssima Trindade (Szentháromság tér) é a praça central do morro, em frente está um prédio gótico, construído no século XIII, como igreja consagrada á Nossa Santíssima Senhora. Na época medieval servia como igreja principal de Buda, aqui se proclamaram as guerras. O famoso rei Mathias decidiu construir uma torre e casar-se nesta igreja – até duas vezes! Por isso é que a igreja chama-se Mathias (a não confundir com São Mathias, o apóstolo). No século XVI os turcos ocuparam o distrito e converteram a igreja em uma mesquita. Pintaram-se as paredes em branco e evitaram representar figuras humanas ou animais.

O templo foi lugar de importantes acontecimentos como a coroação de Franz Josef e Elisabeth (Sissi) ou do último rei húngaro, Karl IV. Diz à lenda que em 1686 a Virgem apareceu aos turcos, que estavam orando. Eles tomaram como um sinal de derrota e perderam a cidade de Buda contra os Húngaros.

No final do século XIX. a igreja foi totalmente renovada, limpada dos diferentes estilos, e mantendo a estrutura gótica das muralhas, foi repintada, lembrando-se das épocas principais como templo cristão e mesquita turca.

O Bastião dos Pescadores

Foi edificado em 1895, em estilo neo-romântico, para decorar ainda mais a já fantástica Igreja Mathias e comemorar o aniversario da conquista Magiar. Constituído de sete torres, em homenagem às sete tribos magiares que se estabeleceram na bacia dos Cárpatos em 896 e fundaram o país da Hungria, Magyarország. Das torres do Bastião podemos desfrutar das vistas mais pitorescas de Peste, especialmente do Parlamento, da Ilha Margarida, da maravilhosa Ponte das Correntes e dos palácios na beira do Rio Danúbio.  O monumento incorpora ainda uma linda estátua eqüestre do Rei Santo Estevão, fundador da nação. A estátua representa Santo Estevão com a cruz apostólica na mão e recebendo a maquete da Igreja Mathias.

Igreja Maria Madalena

Não longe do Bastão fica a ruína, na parte norte do distrito do castelo. Esta igreja foi a única igreja cristã durante o período otomano. Só ficaram uma torre e uma bonita janela dos tempos medievais, os restos ficaram em ruínas. A torre tem 24 sinos que marcam o tempo, tocando a cada meia hora.

Museu de História Militar

O Instituto e Museu de História Militar estão localizados no edifício do Quartel Nándor na Colina do Castelo de Buda (Budai Vár) e reúne artefatos da história militar húngara. Além do arsenal, a coleção de uniformes, bandeiras e numismática também são significativas.

O Labirinto (Budavári Labirintus)

O Labirinto é um sistema de túneis e cavernas formando um labirinto na área baixa do Castelo Real de Buda. Nas grutas  subterrâneas que figuram uma rede de cerca de 11 quilômetros de comprimento, os primeiros vestígios do homem são de meio milhão de anos atrás. As cavernas naturais feitas pelo movimento vulcânico da terra e das águas foram pela primeira vez juntada pelos turcos para fins militares. Na década de 1930 um abrigo antiaéreo para dez mil pessoas foi criado, através da utilização de reforços de concreto. Hoje, uma seção de cerca de 1,5 quilômetros podem ser visitados.

As águas sempre escorrem nas cavernas calcárias e esta não é uma exceção. Após fortes chuvas, parece a um chuveiro em alguns lugares. A temperatura é de 14 graus Celsius, a umidade é de cerca de 90 por cento. Apenas um sinal na parede lembra-se do tempo durante a II Guerra Mundial, quando milhares de pessoas sobreviveram o cerco neste labirinto. Alguns dizem que o carteiro ainda desceu para entregar as cartas aqui.

Palácio Sándor (Sándor Palota)

O palácio de estilo neoclássico, construído no início do século XIX, foi quase totalmente destruído durante a Segunda Guerra Mundial. Localizado na Colina do Castelo, perto do Teatro do Baile Húngaro, foi em tempos a residência do Primeiro-Ministro; reformado no início deste século, agora abriga os gabinetes presidenciais.

Teatro de Dança Húngara (Nemzeti Táncszínház), foi em tempos claustro dos carmelitas, reformado durante o reinado de Josef de Habsburg segundo como teatro. Neste prédio fizeram o primeiro teatro em língua húngara (sendo alemã a língua oficial durante 300 anos dos Habsburg. É o único prédio na Hungria, que foi utilizado como teatro no século XVIII e agora também serve como teatro. Nos nossos dias abriga o instituto da dança húngara.

Monte São Gerardo (Gellért Hegy)

A colina é denominada do São Gerardo (Szent Gellért em húngaro) quem foi um monge de origem veneciana no século XI. Ele veio para ajudar o primeiro rei húngaro a cristianizar os Magiares, que, chegando das estepes asiáticas, eram nômades. O povo húngaro tem que agradecer muito a este monge, graças a ele e a força organizatória da igreja cristã todos ficaram cristãos. Fundamos a igreja católica e organizamos o estado feudalista.

A Citadella

Em cima do Monte São Gerardoavista-se a  Citadella, uma fortaleza erguida dos Habsburg no século XIX para vigiar os Húngaros rebeldes e assim evitar a repeticao da revolução 1848-49. Durante o cerco da Segunda Guerra Mundial as tropas alemãs usaram a Citadella como um bunker. Durante a II Guerra Mundial foi utilizada pelos Alemães como posto de defesa antiaérea de Budapeste e como Bunker (há três niveis abaixo da terra) onde atualmente ha o museu de cera, no exterior encontra ainda alguns artigos antiaéreas utilizadas durante a guerra. Agora a Citadella serve como parador nacional. No topo do Monte está a Estátua da Liberdade, uma figura femenina com folha de palmeira nas mãos. Oficialmente esta estátua simboliza a Liberdade, mais quando foi erguida, era mais bem símbolo da ditadura soviética para o povo húngaro. Foi Marechal Voroshilov, que ordenou a construção e durante 40 anos os húngaros tiveram que sofrer o regime do bloque soviético, só em 1989 se libertou do sistema. Naquela época também se libertaram das estátuas comunistas, como a de Lênin, de outras estátuas para “agradecer” que a gente foi obrigado a erguer. Agora estão no Parque das Estátuas Comunistas (Szoborpark), com a exceção da “Dama com palmeira” que já ficou parte integrada do Monte São Gerardo. Passeando até a estátua vêem-se todas as partes de Budapeste.

Igreja das Rochas (Sziklatemplom)

Ao pé do Monte São Gerardo encontra-se a Igreja das Rochas (Sziklatemplom). Novidade: Há dois anos encontraram uma nova gruta de cristais abaixo do Monte de São Gerardo, próximo a Citadella. A gruta tem 60 metros a 18 metros, de origem de 300-500.000 anos É uma verdadeira sensação, porque normalmente o monte São Gerardo não é adequado para a formação de cristais. Consiste de três salas, cobertas de gesso, cálcio e aragonit. A gruta vai ser declarada protegida como sítio de patrimônio mundial pela Unesco.

Mercado Central

Para fazer compras tem a  rua Váci,  onde encontra-se também lojas com produtos típicos da Hungria, mas para conhecer melhor como os húngaros fazem as compras do dia a dia, é melhor ir ao Mercado Central. É o maior mercado da cidade, instalado em um belíssimo prédio construído em 1897, situado na praça Fővám tér 1-3. Esta aberto de ter/sex 6h-18h e segundas até as 17h. Lá encontra-se de  tudo, desde, verduras, frutas, carnes para cada gosto e há inúmeras lojas de souvenir no primeiro andar!  com tudo de típico da Hungria e algo mais. No nível da rua encontra-se o verdadeiro mercado de verduras, frutas e carnes, as mercadorias para os turistas vendem-se no primeiro andar.  Há diferentes bordados, (de Kalocsa, de Matyóföld, de Transilvania etc.), porcelana e cerâmica pintadas, cristal, produtos de madeira. Fica na rua Vamhaz Korut, margem leste do Danúbio, próximo às suas margens.  

Um dos produtos  típicos da Hungria é a “paprika”, uma especiaria feita à base de pimentão com a coloração vermelho e de forte paladar. Existe a versão doce e também a picante. A paprika é usada em diversas comidas típicas húngaras, assim como ex: a sopa de “goulash”, guisado de frango “paprikáscsirke”, pörkölt ou paprikás.  Os vinhos merecem um estudo mais aprofundado. O vinho mais famoso do país vem da região de Tokaj. É um vinho doce, porque é feito de um tipo especial de uvas tardias (com botritis) e os húngaros bebem como sobremesa. O que é o mais cotidiano é a pálinka – aguardente, que pode ser feita de uvas, pêssego, pêra, cereja etc. Outra bebida famosa chama-se Unicum, que é um licor amargo,  feito de 42 ervas medicinais. Foi inventado por o médico Dr. Zwack, para o imperador austríaco Josef II, como licor digestivo, mas os Magiares costumam bebe-lo cada hora do dia, mesmo sem problemas de estômago.

Budapest é um lugar que me fascinou , uma cidade impressionantemente linda, faz parte da seleta lista de cidades do Patrimônio Mundial da Humanidade.  O Rio Danúbio, entre  Buda e  Peste,  contribui para essa imponente beleza.

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