Depois de 36 anos, retorno a Manaus, cidade onde passei toda a minha adolescência com os meus tios por parte de pai: Rafael e Jamile. Encontrá-los depois de tantos anos foi emocionante e inesquesível… É o lado da família Rodrigues por parte de pai que amo de paixão. São passados trinta e seis anos, desde que saí de Manaus. Lembro-me, como se hoje fora…o momento em que descia do avião vindo de Guiajará Mirim, onde passava as férias e avistava os meus queridos tios que estavam sempre no aeroporto a nos esperar. Depois de 36 anos a cena se repetiu.
A alegria tomou conta do meu ser. Eu voltei a rever os meus tios, primos/ irmãos, voltei as minhas origens, que felicidade!
Começei a notar a mudança desta querida Cidade, começando pelo aeroporto…
Chegando em Adrianópolis, fiquei pasma!!! Como está linda, com residências maravilhosas, shoppings centers, restaurantes um movimento harmonioso e com cumplicidade entre os seus moradores. Quanta paz…..Que família abençoada por Deus,que felicidade pertencer a essa família que apesar da distância nunca saiu do meu coração. Que alegria reencontra-los. Com que carinho nos receberam.
Engana-se quem imagina Manaus uma cidade comum. Em Manaus, história e modernidade convivem harmoniosamente
Localizada na região norte do Brasil, à margem esquerda do Rio Negro, Manaus é o portão de entrada para a maior floresta tropical do planeta: a Floresta Amazônica. Convive com um extraordinário estoque de recursos naturais, representado por 20% da reserva de água doce do mundo, um banco genético de inestimável valor e grandes jazidas de minérios, gás e petróleo.
A importância da região é incalculável. Privilegiada pela posição geográfica e por ser a capital do maior Estado Amazônico, o Amazonas, a cidade destaca-se pelo desenvolvimento sócio-econômico e ambiental, dando exemplo de compromisso e responsabilidade. O ecoturismo assume um papel de destaque, sinalizando novos caminhos para a auto sustentabilidade da região.
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O período áureo da borracha
Porvoltade1889, a Província do Amazonas passou a ser o Estado do Amazonas, tendo como capital a Cidade de Manáos. A borracha, matéria-prima das indústrias mundiais, era cada vez mais requisitada e o Amazonas, como principal produtor, orientou sua economia para atender à crescente demanda. Intensificou-se o processo de migração para Manaus de nordestinos e brasileiros de outras regiões, bem como a imigração de ingleses, franceses, judeus, gregos, portugueses, italianos e espanhóis, gerando um crescimento demográfico que obrigou a cidade a passar por mudanças significativas.
Teatro Amazonas, um dos luxuosos edifícios construídos com as fortunas da borracha.
O período1890-1910 é conhecido como fase áurea da borracha. A cidade ganhou o serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios dos mais variados calados e de diversas bandeiras. A metrópole da borracha iniciou os anos de 1900 com uma população em torno de 20 mil habitantes, com ruas retas e longas, calçadas com granito e pedras de liós importadas de Portugal, praças e jardins bem cuidados, belas fontes e monumentos, um teatro suntuoso, hotéis, cassinos, estabelecimentos bancários, palacetes e todos os requintes de uma cidade moderna.
Na fase áurea da borracha, a cidade foi referência internacional das discussões sobre doenças tropicais, saneamento e saúde pública. A cidade realizou grandes ações em parceria com cientistas internacionais, como foi o caso da erradicação da febre amarela, em 1913. No início do século XX, as ações de saneamento estiveram praticamente restritas a Manaus. A situação mudou após a criação do Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural, que levou o saneamento para outras partes do Amazonas. A infraestrutura da época abrangia bases fixas de operação nas calhas dos principais rios e embarcações que percorriam as comunidades ribeirinhas. O auge do ciclo econômico transformou Manaus em uma cidade moderna, com as mesmas benfeitorias que chegavam ao Rio de Janeiro, a então capital federal.
O desenvolvimento econômico proporcionou também grande circulação de ideias e permitiu o surgimento de um núcleo de médicos que estava a par das discussões científicas mais avançadas a respeito do combate às doenças tropicais. Atualmente, escolas de medicina tropical recém-criadas, como as de Londres e Liverpool, na Inglaterra, enviam missões frequentemente para Manaus.
Em 1910, Manáos ainda vivia a euforia dos preços altos da borracha, quando foi surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural plantada e extraída dos seringais da Ásia, que invadiu vertiginosamente os mercados internacionais. Era o fim
do domínio da exportação do produto dos seringais naturais da Amazônia(quase que exclusivamente gerada no Amazonas), deflagrando o início de uma lenta agonia econômica para a região.
O desempenho do comércio manauara tornou-se crítico e as importações de artigos de luxo e supérfluos caíram rapidamente.
Em 1967 com o objetivo de estimular a industrialização da cidade e sua área adjacente, bem como ampliar seu mercado de trabalho, foi criada a Zona Franca de Manaus.
Além de contribuir para o desenvolvimento do comércio local, a isenção alfandegária favoreceu a formação de um expressivo distrito industrial junto à capital do Amazonas. A maioria de suas indústrias, contudo, é apenas montadora de produtos obtidos com tecnologia estrangeira.
Hoje Manaus fervilha com ar de Metrópole
O Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), nos igarapés de Manaus e Bittencourt, na zona Sul da cidade com o objetivo de promover a recuperação e urbanização de áreas insalubres, além de resgatar a dignidade de milhares de pessoas, está dando ar de metrópole a Manaus.
Relembrando o meu tempo – Que saudades!!!!
No Bumbódromo de Manaus- naquele tempo as brincadeiras eram na Rua Joaquim Nabuco, ah se me lembro e quanto……
Manaus atual impressionou-me, de tal maneira, marcando, indelevelmente, sua imagem que guardarei na retina dos meus olhos e, no mais profundo lugar do meu coração para sempre. Era uma visão diferente, luminosa, grandiosa, que deixou a jovem estudante, de 36 anos atras e que agora mora em São Paulo, inteiramente deslumbrada.
Aguardem o próximo post: Viajando pelo rio Amazonas: Negro, Solimões e Madeira, no Navio Dona Carlota, numa perigrinação para BORBA- Festa de Santo Antônio . Até lá.