

Sua primitiva construção, remonta a povos Celtas, Galo-romanos e Visigodos. As fundações das suas casas e muralhas retratam com clareza essas sucessivas ondas civilizatórias.
Durante a Idade Média foi defendida por um imponente conjunto de fortificações, ficando circundada por uma dupla linha de muralhas, que ainda hoje pode ser vista, e representa o ápice da engenharia militar do século XIII. Do alto de suas muralhas, que à época eram protegidas por milhares de guerreiros, podia-se controlar uma importante via comercial que ligava a Península Ibérica com o resto do continente.
A primeira visão do centro histórico, cuja construção foi iniciada há cerca de mil anos dá a impressãoque estamos viajando no tempo, para uma época de reis, cavaleiros, princesas e batalhas medievais. A fortaleza é protegida por 52 torres e duas muralhas uma interna e outra externa. A entrada principal, batizada de Porta Narbonnaise, é guardada por uma ponte levadiça. Nos tempos medievais, cerca de 50 homens ficavam de guarda para impedir a entrada de inimigos. Em Carcassonne, observa-se na verdade duas cidades: A Cidadela, que permaneceu intacta e protegida dentro das muralhas, e a Bastide Saint-Louis ou Cidade Baixa, que cresceu ao redor do centro medieval.
À noite, as suas ruas ficam desertas e silenciosas.
Como cada castelo que se preze tem suas lendas e histórias encantadas em Carcassone não poderia ser diferente. Reza a lenda que o seu nome reporta a história da dama de Carcas: quando Carlos Magno cercou a cidadela desta dama sarracena, achando-se desprovida de soldados, Carcas distribuiu pelas torres e muralhas bonecos feitos de palha, armados para o combate. O estratagema deu super certo pois, Carlos Magno levantou o cerco, desanimado com um inimigo que possuía um exercito tão numeroso. Terá dito então a dama: “Sire, Carcas te sonne.” “Senhor, Carcas vence-te”, em tradução livre. Daí o nome da cidade, que a lenda assegura que se tornou cristã, dando a dama origem à primeira linhagem de condes em Carcassonne. Mas, a verdade por lá assegurada, é bem diferente, e mostra-nos que os romanos já tinham uma fortificação na zona a que chamavam Carcasso, e os sarracenos, que sucederam aos visigodos, chamavam-lhe Carchachouna. Seja lá qual a versão que se queira adotar, hoje, Carcassonne é, um dos locais mais visitado de França. As suas calçadas de pedra são percorridas, não por cavaleiros medievais, mas por turistas de quase todas as nacionalidades, armados de vídeos e máquinas fotográficas. O seu casario antigo abriga uma infinidade de restaurantes e hospedarias que revivem, através da decoração e da cozinha local, a época entre os séculos XI e XIII.
O turismo anuncia Carcassonne como (lá ville aux deux cités, a cidade das duas cidadelas ) a antiga fortaleza, no cimo da colina, e o novo burgo que nasceu no século XIII, aos pés da primeira, na margem esquerda do rio Aude. Desde sempre as duas zonas tiveram existências distintas, com toda a atividade comercial e social a desenrolar-se na cidade baixa, enquanto a cidade-alta abrigava uma guarnição de milhares soldados. Hoje só cerca de cento e vinte, dos seus quarenta e cinco mil habitantes permanentes, habitam a cidade antiga. Mas apesar da atividade evidente nas suas ruas e praças arborizadas, que substituíram as muralhas e estão agora semeadas de cafezinhos acolhedores, a atração será sempre a “cité”, marco milenar da história da região do Languedoc. Para além das comodidades e serviços turísticos de que dispõe, a Bastide Saint-Louis, como é conhecida a cidade-baixa, serve apenas para compor a magnífica vista que nos oferecem as torres altas da fortaleza. O castelo do conde foi rodeado por um fosso, transformando-se numa fortaleza dentro da fortaleza. São cerca de três quilómetros de fortificações, por onde se distribuem cinquenta e duas torres para todos os gostos: há torres quadradas e redondas, de envergadura e tamanho diferentes; umas possuem seteiras, outras janelas e algumas são, aparentemente, fechadas. Toda a cidade parece estar cheia de armadilhas: cotovelos estreitos para que só passasse um inimigo de cada vez, degraus gigantescos, fossos dissimulados, enfim, todo o mostruário do engenho militar que foi sendo aperfeiçoado desde os romanos, destinado a guerras de cerco, tão comuns nos tempos medievais.
No outro lado do rio Aude, o bairro La Bastide oferece passagem para sua outra face.
A reconstrução fixou-a para sempre na Idade Média como quem tira uma fotografia, apesar de a cidade ter atravessado muitas outras épocas. E é, talvez, esta operação de congelamento temporal que lhe empresta toda a magia de cenário perfeito, que nos faz mergulhar profundamente num passado distante… E Carcassonne será para sempre uma obra de arte inegável.
Muito lindo, porém o fator histórico com um valor inestimável…
Ester, obrigada pelo comentário.
Com certreza, a história desse lugar é contada em cada pedra, em cada canto que alcança o nosso olhar.
Um abraço
Cecília
lindo mesmo
Obrigada, Carcassonne é muito Lindo mesmo.
Um abraço
Cecília
adorei vai me ajudar mt no meu trabalho !
Ana Carolina, fico muito feliz em ser um pequeno apoio ao seu trabalho. Obrigada e visite sempre .Um
Cecília
nao me da irformaçao do trbalho que odio
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Kalany
O que você precisa para o seu trabalho. Se puder ajudar terei muito prazer.
Um abraço
Cecília