No roteiro Turquia, Grécia e Egito, tivemos também a oportunidade de conhecer outros lugares sagrados/históricos cheio de energia pulsante, aquela energia que não se explica. No Egito foram as pirâmides e a Esfinge. Na grécia e Turquia a Casa de Nossa Senhora (Êfeso), a Gruta onde São João escreveu o Apocalipse (Patmos) e Ilha de Rhodes, onde ficava o Colosso de Rhodes.
ESFINGE DE GIZÉ – Cairo (Egito)
Localizada perto da Grande Pirâmide (Queóps), na extremidade do planalto de Gizé, no norte do Egito, a Esfinge de Gizé é considerada a escultura mais enigmática do mundo. É uma das maiores estátuas do planeta. Foi esculpida em pedra calcária, em apenas um bloco de pedra. Essa escultura tem o corpo de leão, cabeça humana, 73,50 metros de comprimento, 6 metros de largura e 20 de altura. Os egípcios chamavam-na de “Seshey”, o que significa “poder de iluminar”. Para eles a figura do leão era tida como um guardião dos lugares sagrados. 
A Esfinge foi construída ao lado da Grande Pirâmide de Gizé, por volta da IV dinastia (2723 a.C.–2563 a.C.). Sua enorme cabeça copia os traços do faraó Quefrén ou possívelmente de seu irmão Faraó Djedefré com seu turbante real. Não há dados precisos que revelem quem realmente esculpiu essa grande estátua. Estima-se que foram os próprios egípcios ou um outro povo mais antigo que teria sido criador da civilização das margens do Nilo. Após alguns anos, a esfinge foi soterrada até seus ombros por areia e primeira tentativa de “desenterrá-la” ocorreu já por volta de 1400 a.C., no reinado de Tutmósis IV. Somente em 1817 foi feito um restauro supervisionado pelo italiano Giovanni Caviglia, descobrindo todo o peito da estátua. Em 1925 a esfinge foi completamente revelada. O nariz, a serpente Uraeus que ficava na testa e o cavanhaque foram destruídos pela ação do tempo.

O Segredo da Voz da Esfinge
Alguns séculos depois, as tempestades de areia começaram a enterrá-la e segundo as lendas, certa vez, por volta de 1400 a.C. a areia estava chegando próximo ao seu pescoço, quando um príncipe que caçava na região deitou próximo à sua cabeça e adormeçeu. Durante o sono, ele ouviu a voz da esfinge prometer-lhe que ele se tornaria rei do Egito antes de seus irmãos mais velhos, caso mandasse retirar a areia que a cobria. Ao despertar, o príncipe resolveu cumprir sua parte do acordo e antes que a tarefa toda fosse completada ele tornou-se o Faraó Tutmós IV. Entre as patas da Esfinge consta uma inscrição com o relato do sonho do Faraó.
Os egiptólogos acreditam que é na Esfinge de Gizé que está guardado todo o conhecimento relacionado a Criação, assim como a reposta para o grande mistério do “quem somos, de onde viemos e para onde vamos”. Imponente e com o rosto voltado para o leste, onde o sol nasce, essa enigmática estátua parece lançar ao mundo um desafio eterno: Decifra-me ou te devoro
Pirâmide de Quéops 
Ao contrário do que muitos pensam é apenas a Pirâmide de Quéops (e não todas as três grandes Pirâmides de Gizé) que faz parte da lista original das Sete Maravilhas do Mundo. Construída há mais de 4.500 anos, por volta do ano 2550 a.C. A majestosa construção de 147 metros de altura foi a maior já feita pelo homem durante mais de quatro mil anos, sendo superada apenas no final do século XIX (precisamente em 1889), com a construção da Torre Eiffel. A Grande Pirâmide de Gizé foi construída como tumba real para o faraó Khufu (que dá nome à pirâmide).
O curioso é que a pirâmide de Gizé já era a mais antiga dentre todas as maravilhas do mundo antigo e é justamente a única que se mantêm até hoje.
AS ILHAS ILHAS GREGAS
Ancoradas em pleno Mediterrâneo, as ilhas gregas são verdadeiros oásis. Nesse post vou me referir apenas as Ilhas de Patmos, Kusadasi (Turquia) e Rhodes, onde visitei locais que considero sagrados/Históricos.
Patmos é uma ilha grega, vulcânica, que se encontra do no mar egeo oriental. Ficou conhecida como o lugar em que João recebeu de Deus as revelações – o Apocalipse. O apóstolo, ficou exilado em Patmos de
81 a 96 (d.c).


A 20 km de Kusadasi fica Éfeso, é um dos locais mais conservados da antiguidade. Foi uma das grandes cidades dos jônicos na Ásia Menor, fundada por colonos provenientes principalmente de Atenas. Ciro, o Grande, incorporou a cidade ao império persa, e Alexandre a libertou em 334 a.C. Atualmente, pertence à Turquia.
Nos tempos apostólicos, Éfeso foi uma das cidades do Império Romano onde o cristianismo mais se difundiu.
Os apóstolos Paulo e João pregaram na cidade. A igreja que havia em Éfeso no fim do primeiro século de nossa era foi uma das sete igrejas mencionadas no Apocalipse.
Casa de Maria em Éfeso.
Nas montanhas próximos da cidade de Selçuke das ruínas da cidade romana de Éfeso, na Turquia, encontra-se uma casa, na qual se crê, segundo a tradição, que foi a morada da Virgem Maria, mãe de Jesus, até o fim de seus dias.
O local onde Maria terá vivido permaneceu no anonimato até 1881, quando um padre francês, tomando por base algumas pistas para a existência do local, descobriu as ruínas da casa. Embora as ruínas descobertas remontem ao século VI, as suas fundações revelam ser do séc. I. A casa que hoje podemos visitar foi restaurada nos anos 50.
Toda vez que vejo as fotos ou que falo sobre o local me emociono muito, pois me vem na imagem, como em um filme, tudo que senti por ocasião da visita a casa onde Maria passou o resto de sua vida.
Depois de entrar na pequena casa, fomos conhecer as fontes sagradas que ficam ao lado da casa e uma parede onde você pode fazer pedidos e lá deixar fixado (a casa branca à esquerda da foto). Fui tomada por uma paz indescritível.
Visitando um pouco da história de Éfeso
Viveram três civilizações diferentes e cada uma dessas usaram um tipo de pedra:
-Gregos- 130 a.C- pedra preta.
-Romanos- Século IV – mármore.
– Bizantinos -a pedra vermelha.
A terceira cidade de Éfeso, a que visitamos, possui 2 ágoras- sítios onde as pessoas se juntavam para falar sobre:comércio, religião e política.
Observa-se três tipos de colunas: Corintos, Jonico e Dórico. O idioma era o grego.
As ruínas da cidade de Éfeso dão uma noção de como era a vida naquele lugar há cerca de dois mil anos atrás.
Anfiteatro
Em Éfeso existia um dos maiores teatros do mundo, com capacidade para 25.000 espectadores. A cidade em seu apogeu tinha cerca de 4oo.000 a 450.000 habitantes. A acústica é invejável. Vários cantores fizeram shows : Pavarotti, Pepino di Capri, Sting e outros. Em 1995, com a reverberação muito forte da banda do Sting, em uma de suas apresentações, algumas pedras se moveram. A partir de então ficou proibido instrumentos. Hoje só se pode cantar, “à capela” com se fazia antigamente.
Biblioteca de Celsius concluída em 135 dC fachada em mármore, que chegou a abrigar 12 mil rolos de papiros. Ostenta colunas com dez metros de altura e tem na sua fachada, as estátuas : de Sofia- que representa a sabedoria, de Episteme -o conhecimento, de Ennoi – a inteligência a e de Arete– representa a virtude.
Na na parte oposta da praça da biblioteca, havia uma passagem (túnel) pelo qual passavam os maridos, que diziam às suas esposas que iam ler na biblioteca, direto a um bordel- a Casa do Amor. Ligando a praça da biblioteca e o Grande Teatro, está a rua de mármore. Inteiramente pavimentada com grandes blocos de mármore e com uma espécie de mureta de ambos os lados (foto acima). O que chama atenção de quem passa é uma pedra pequena com desenho de um pé. Era era a maneira de informar a direção do bordel aos que estavam de passagem pela cidade.
Indicação do caminho da diversão
Templo de Apolo
Serviços Públicos-
Antes de chegar à praça da biblioteca, no lado direito da rua Curets, estão localizadas as latrinas públicas. É deveras curioso ver os vasos sanitários lado a lado sem qualquer privacidade. Eram utilizados em conjunto pois era muito natural os grandes senhores fazerem suas necessidades discutindo política.
Durante o inverno, os escravos esquentavam os assentos da latrina, que eram de mármore e ficavam gelados, para que seus donos os pudessem usas-lo confortavelmente.
O colosso tinha um pé apoiado em cada margem do canal que dava acesso ao porto, todas as embarcações que chegasse à ilha grega de Rodes, no Egeu por volta de 280 a.C. passaria obrigatoriamente sob as pernas da estátua de Hélios, protetor do lugar. Na mão direita da estátua havia um farol que orientava as embarcações à noite. Era uma estátua tão imponente que um homem de estatura normal não conseguiria abraçar seu polegar. O povo de Rodes mandou construir o monumento para comemorar a retirada das tropas do rei macedónio Demétrio, que promovera um longo cerco à ilha na tentativa de conquistá-la. Demétrio era filho do general Antígono, que herdou de Alexandre, uma parte do império grego. O material utilizado na escultura foi obtido da fundição dos armamentos que os macedônios ali abandonaram. A estátua ficou em pé por apenas 55 anos, quando um terremoto atirou-a para o fundo da baía de Rodes, onde ficou esquecida até à chegada dos árabes, no século VII, pois os habitantes de Rodes não o reconstruíram (isso deveu-se ao fato de que eles visitaram um oráculo próximo dali, e esse recomendou-lhes não reconstruírem o colosso).
Recentemente, em 2008, uma arqueóloga alemã contestou a localização da estátua. Baseada na falta de evidências submersas de fragmentos da estátua na região do porto, a arqueóloga supôs que a estátua estivesse totalmente em terra firme, numa montanha próxima.
Apesar de nós não conhecermos a verdadeira forma e aparência do colosso, reconstruções modernas com a estátua parada perpendicularmente são mais precisos que velhos desenhos. Apesar de não existir mais, a antiga Maravilha do Mundo inspira artistas modernos, tal como o escultor francês Auguste Bartholdi, mais conhecido pelo seu famoso trabalho: A Estátua da Liberdade
Lindos-
Cidade medieval caracterizada por ruelas e casas brancas, fica a 50 km da cidade de Rodes, situada a 1500 m acima do nível do mar, em um promontório rochoso, com vista para o mar Egeu e uma baía de tirar o folego.

Tenho outras rotas sagradas, mas vou deixar mais para a frente.
Aguardem post sobre a Tailândia, China, Japão e Cingapura. Estarei embarcando dia 1 de julho.
